Nunca desconfiaram da fluência francófona de Durão Barroso? Depois de uma bela tradição na sublime arte de mal falar línguas estrangeiras com estilo iniciada pelo nosso Mastodonte Político e continuada de forma suprema – diria mesmo de “alto coturno” mas acho que está reservada, e muito bem, a utilização desta expressão adjectivificante – pelo Imortal de que vos contei há pouco tempo, mas agora na sua fluente anglofonia técnica, onde raio fomos nós buscar um político que sabe falar bem, não só uma mas mais duas línguas?
Foi partindo deste problema existencial que dei início a uma furiosa investigação – na realidade a imagem praticamente caiu-me no colo – pela arte ocidental em busca de confirmação da teoria da imortalidade de algumas personalidades portuguesas cujos antepassados deveriam ter sido eunucizados pelos turcos no século XVI, para nossa paz de espírito presente.
Serve o presente intróito, que já vai longo, para dizer que a questão da imortalidade não é um qualquer delírio provocado por excessivo consumo de castanhas rançosas – congeladas do ano anterior pelos xicos-espertos do comércio nacional – mas corresponde, de facto, a um dos mais bem escondidos segredos da História Universal, e mesmo do nosso país.
Não bastando já o “Sr. Engenheiro”, eis senão quando chegamos à conclusão que o “garçon” mais influente da política internacional no século XXI, que serviu cafés e mandou “bitaites” aos homens mais poderosos do nosso tempo, é, também ele, um imortal. A falta de animosidade notória entre Durão Barroso e José Sócrates quando ambos estavam em lados diferentes das barricadas políticas em Portugal deveria ter provocado alguma desconfiança mas passou despercebido. Na realidade partilhavam, ambos os dois, este extraordinário segredo e nem sequer se imagina há quanto tempo não andarão por aí a infernizar a cabeça das pessoas.
A prova da teoria moylística encontra-se numa pintura do fauvista André Derain, «O artista com a sua família». Embora este quadro, especificamente, não se enquadre completamente na visão tradicional do fauvismo, mostra como Durão Barroso se tornou íntimo da família Dérain, ao ponto do pintor se representar com a face do cherne mais humano de todos os tempos. De qualquer forma, não se coibiu André Dérain de transmitir na sua obra algumas características da personalidade do José Manuel, como se pode verificar na presença de um papagaio, de um gato e de um pavão. O papagaio, como sabemos, fala demais e não diz nada que se aproveite repetindo mecanicamente o que decorou, mesmo não sabendo o que está a dizer. O pavão é, muito apropriadamente, um símbolo milenar de eternidade e, ao mesmo tempo, da vaidade e da vã glória. Finalmente o gato que, desde a Idade Média, é associado às forças malignas devido ao seu carácter, esquivo, furtivo, sendo também um símbolo da deslealdade e do egoísmo, ao contrário dos cães, como sabemos.
Independentemente das elucubrações moylísticas sobre a matéria, o facto está bem à vista e, nem que chovam Teresas Guilhermes, pode ser desmentido ou, de qualquer forma, diminuído. Contemplem então e tenham consciência do real significado de “um mal nunca vem só”.
Foi partindo deste problema existencial que dei início a uma furiosa investigação – na realidade a imagem praticamente caiu-me no colo – pela arte ocidental em busca de confirmação da teoria da imortalidade de algumas personalidades portuguesas cujos antepassados deveriam ter sido eunucizados pelos turcos no século XVI, para nossa paz de espírito presente.
Serve o presente intróito, que já vai longo, para dizer que a questão da imortalidade não é um qualquer delírio provocado por excessivo consumo de castanhas rançosas – congeladas do ano anterior pelos xicos-espertos do comércio nacional – mas corresponde, de facto, a um dos mais bem escondidos segredos da História Universal, e mesmo do nosso país.
Não bastando já o “Sr. Engenheiro”, eis senão quando chegamos à conclusão que o “garçon” mais influente da política internacional no século XXI, que serviu cafés e mandou “bitaites” aos homens mais poderosos do nosso tempo, é, também ele, um imortal. A falta de animosidade notória entre Durão Barroso e José Sócrates quando ambos estavam em lados diferentes das barricadas políticas em Portugal deveria ter provocado alguma desconfiança mas passou despercebido. Na realidade partilhavam, ambos os dois, este extraordinário segredo e nem sequer se imagina há quanto tempo não andarão por aí a infernizar a cabeça das pessoas.
A prova da teoria moylística encontra-se numa pintura do fauvista André Derain, «O artista com a sua família». Embora este quadro, especificamente, não se enquadre completamente na visão tradicional do fauvismo, mostra como Durão Barroso se tornou íntimo da família Dérain, ao ponto do pintor se representar com a face do cherne mais humano de todos os tempos. De qualquer forma, não se coibiu André Dérain de transmitir na sua obra algumas características da personalidade do José Manuel, como se pode verificar na presença de um papagaio, de um gato e de um pavão. O papagaio, como sabemos, fala demais e não diz nada que se aproveite repetindo mecanicamente o que decorou, mesmo não sabendo o que está a dizer. O pavão é, muito apropriadamente, um símbolo milenar de eternidade e, ao mesmo tempo, da vaidade e da vã glória. Finalmente o gato que, desde a Idade Média, é associado às forças malignas devido ao seu carácter, esquivo, furtivo, sendo também um símbolo da deslealdade e do egoísmo, ao contrário dos cães, como sabemos.
Independentemente das elucubrações moylísticas sobre a matéria, o facto está bem à vista e, nem que chovam Teresas Guilhermes, pode ser desmentido ou, de qualquer forma, diminuído. Contemplem então e tenham consciência do real significado de “um mal nunca vem só”.
7 comentários:
E não é que é mesmo o Durão? Fantástico!
E a leitura do quadro (dos diversos elementos...)? Psch! Genial!
Agradeço a reserva! «Reservas» e garrafeiras» são sempre bem-vindas. :)
Clara,
tem medo, tem muito medo, porque é msmo o Durão:)
e uma garrafeira cheia de reservas? e todos sabemos que não estou a falar de uma garrafeira púdica:)
Porreiro, pá! :)))
Assim já se percebe que os dois imortais se dêem tão bem! E também porque é que ele fala tão fluentemente línguas estrangeiras: teve muito mais tempo que o Marocas para as aprender, apesar deste ter vivido 14 anos em Paris e mesmo assim ter aquela pronúncia arrevesada do "mónámi mitérrrrrran" (que amigos, heim?)
É pena é que a fluência oratória não lhe dê mais conteúdo àquilo que diz, porque aí realmente a parecença é mais com o papagaio! Embora o pavão seja mais o seu retrato. Já quanto aos gatos acho um insulto, que os felinos são muito independentes, mas não são traiçoeiros nem vira-casacas!
O texto da Clara está espectacular!
Beijocas e bom fim de semana!
teté,
atenção que os gatos são aqui analisados de acordo com a sua simbologia, não quer dizer que o que significam simbolicamente seja muito preciso em relação à realidade.
para mim os gatos são um bocado abichanados [grande trocadilho:)]
apesar do 14 anos, já tentaste ensinar línguas a um animal pré-histórico? nem quando era histórico:)
não me importo nadinha de elogiares a Clara aqui [até porque acho merecido] mas dá lá um salto e elogia-a lá:)
bom fim de semana também para ti.
beijos
Teté,
internamente grata! :)
Moyle,
Desculpa a minha ousadia, ao comentar aqui, no melhor blog do Brasil!
;o)
Quanto ao texto... pobre família Dérain. Devem ter apanhado chatos, ao ter intimidades com o Durão...
Abraço
Sorrisos,
o Moyle não deixa que o sucesso, mesmo este repentino, lhe suba à cabeça. és muito bem-vindo na mesma:)
chatos não sei, mas um chato, pelo menos, apanhou, de certeza:)
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