5/12/2007

Os 10 Melhores Portugueses

Este conjunto de Personalidades sintetiza a psique colectiva portuguesa, sendo que o facto de apenas constarem duas mulheres não faz desmerecer a representatividade do mesmo. Em Portugal, as mulheres são mais machistas do que os homens, seja lá o que for o que esta expressão quer dizer.
O Moyle poder-se-ia escudar numa expressão enigmática como grupo de amostragem, de forma a não se comprometer, mas não é esse o caso. Esta é a lista que melhor, mais correcta e completamente preenche os critérios aprioristicamente estabelecidos.
Pedimos, então, aos portugueses, que façam um esforço de subjectivação objectivante e relacionem os traços característicos das personalidades escolhidas com os factores identificadores da luso-idiossincrasia, isto é, o ser/estar dos portugueses no mundo, e vejam se as correspondências não são gritantes.

10º
Carolina Salgado
– O carequita mirrado, que mora numa ilha com nome amaricado em Espanha, ganhou o Nobel com a 4ª classe e foi a apoteose. E a Carolina? Não ganhando (nem a isso arriscando) qualquer prémio, conseguiu dois feitos notáveis que o vaidoso canário nunca conseguirá. Em primeiro, a alegria de seis milhões (ou mais, bem mais) de pessoas e, em segundo, calar a irritante verborreia do antigo director da secção de hóquei do FCP (que até agora nunca ninguém tinha conseguido/arriscado fazer). Tudo isto vindo da profissão mais antiga do mundo, sendo menos considerada, mas mais importante que a daquele tipógrafo comunista. De referir que não fomos subornados para prejudicar Carolina Salgado. Desmentimos com todos os dentes que temos na boca que não recebemos qualquer tipo de fruta fresquinha, ou café com leite, porque o Moyle disse logo ao Sr. Araújo que não apreciava muito brasileiras ou africanas, principalmente de cor. Talvez uma cerejita moldava…


D. João V
– O homem mais rico da Europa do seu tempo, senhor e mandador absoluto, com um “quintal” que ia de Mafra a Copacabana, cujas moradias eram absolutos palácios. Longos caracóis, sedas e salto alto são pormenores de um verdadeiro macho que se pelava por papos de anjo, e não estamos a falar de pastelaria. O gostinho especial do monarca por freiras, com a inegável reciprocidade (que o diga a Madre Paula de Odivelas), deu sentido ao que não tinha sentido, que é o desperdício voluntário e impune de mulheres.


Brites de Almeida
– A padeira de Aljubarrota é uma figura obrigatória, embora politicamente incorrecta nestes tempos de iberismo disfarçado, ou nem sequer isso. Foi escolhida precisamente por matar castelhanos e outras defecações assim. Não fez aquilo que facilmente poderia ter feito, até por maioria de razão, que era levantar o saiote e alçar o rabinho e que é, precisamente, o que governantes e empresários portugueses fazem hoje, com um sorriso. Mudam-se os tempos…


Manuel Luís Goucha
– Herói nacional, de cada vez que aparece a Teresa Guilherme na televisão merece mais um bocadinho esta distinção. Ufanam-se os portugueses da sua coragem, ora aí está ela levada ao paroxismo. Olhando actualmente para esta figura, não podemos deixar de considerar, porém, que os danos terão sido efectivamente irreversíveis. Toma Manuel, este totalmente merecido doce sem açúcar que te oferece o Moyle.


Gajo Careca da Quercus
– Se o cão é o melhor amigo do Homem, este homem é o melhor amigo do Sobreiro. Liderar uma organização chamada Quer cus e ter uma cabeça a lembrar um falo não é desprimor para ninguém. Viaja muito, passa a vida na TV, para onde é convidado (não se cola a dar opinião como a maioria) e manda mais que qualquer PM, porque mesmo o bach… Engenheiro baixa a bolinha perante os EIA (Estudos de Impacte Ambiental).


Nando
- Muitos se interrogam: quem é o Nando? O Moyle considera-o digno de abrir o Top 5 dos “10 Melhores Portugueses”. Pois bem Nando, é possuidor da maior verruga que se conhece em Portugal e a segunda maior do mundo, atrás de Lemmy, o vocalista da banda de Hard Rock, Motörhead. Para além disso, Nando é a pessoa que dá mais entrevistas sobre futebol em Portugal, tendo por isso acesso gratuito a todos os estádios deste país. Dizem que ele é maluco. Realmente é a única pessoa que hoje ainda era capaz de beijar o Fernando Santos, e se calhar com mais intensidade e com mais língua que a própria esposa. Nando é o emplastro, e malucos somos nós…


D. Duarte Pio
– Toda a gente em Portugal tem a mania que é da fidalguia por origem. Este senhor tem a certeza, para além da dúvida razoável. Os portugueses têm alma de agricultor, como se pode ver pela maioria dos comportamentos sócio-culturais. Esta personalidade faz da agricultura modo de vida, com licenciatura e tudo. O bigodinho luso não falta. Mas não é por essa razão que consta tão insigne personalidade na lista dos melhores portugueses, mas sim pelos seus verdadeiros e menosprezados méritos. Com 50 anos, 3 filhos (sem gémeos) em coisa de 6 meses é obra, o que lhe assegurou a entrada no Hall of Fame.


Bocage
– Única figura profana a ter uma mitologia própria, o ecletismo de Bocage fica perfeitamente vincado no facto de haver anedotas e historietas sobre o poeta que se passam durante o Estado Novo. Além dos méritos avaliados teleologicamente, há que realçar as virtudes desta figura ainda em vida que, qual Cristiano Ronaldo da Língua Portuguesa, exprimiu da seguinte maneira:
[…] Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro.
Sendo Modelo de vida, escreveu como se vivendo sob o governo Sócrates. Visionário, portanto.


Zezé Camarinha
– Justificação? São aos milhares e de dezenas de nacionalidades. O role model dos Homens portugueses (bigodinho incluído), faz pela vida, “fazendo-o” pela vida fora. O direito de antena que muitas vezes recebe é justificadíssimo e se alguém fez por merecer foi o Zezé. Este criativo da língua (deu à expressão puta crime novos e mais abrangentes horizontes), fez mais pela promoção do Algarve que as dezenas de milhões enterradas no Vá para fora cá dentro. Para além disso, na História, é o único português que conseguiu comer inglesas e encornar os ingleses, coisa que eles nos têm vindo a fazer desde o tratado de Windsor, pelo menos.


E, finalmente, o melhor português de todos…

Pinto da Costa
– Manda, pode, faz, diz, põe, dispõe, dirige, presidenta, reina, impera, doutrina, comenta, ironiza e, finamente, declama… Mais adjectivos para quê? Para viver não é preciso saber, é preciso o número de quem sabe. E a Judite do Porto é que sabe (isto falando de buscas e detenções). Odiado por muitos, o papa do Douro Atlântico, é invejado exactamente pelo mesmo número de pessoas que não desdenhariam ser como o objecto odiado (é tipo Síndroma de Estocolmo, claro que sem qualquer ligação entre as duas coisas). E não é que a cereja romena é mesmo melhor que a moldava?!!

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