2/05/2007

Chuva e Trânsito

Porque será que sempre que chove as regras do Código da Estrada deixam de ser aplicadas? Será que existe um regime de excepção de que não estamos a par?
Será que STOP quer dizer «Pare obrigatoriamente sempre que esteja tempo seco»? E se estiver tempo seco mas a estrada estiver molhada?
Será que a prioridade deixa de ser à direita? Como em Inglaterra chove muito e a circulação se faz pela esquerda, aplicam-se as regras de trânsito conforme as condições atmosféricas?
Será que as distâncias de segurança deixam de se aplicar? Como está a chover andar em «comboio» torna a circulação automóvel mais fácil?
Quem é poderá pensar que por buzinar o trânsito circulará mais depressa? Imaginam que o barulho que fazem irrita as nuvens e afasta a água da estrada?
E o que é mais curioso é que a chuva é o mais ameaçador agente da Polícia de Trânsito, pois nunca ninguém cumpre limites de velocidade, mas quando chove todos são respeitados com reverência. Porque será? Desidratação dos cérebros de quem conduz, que só percebe a sinalização quando chove?
O Direito dos peões atravessarem as estradas cessa temporariamente quando há precipitação?
A explicação mais lógica para tudo isto é a dicotomia calor/sede. Ou seja, se se conduz melhor com tempo seco, logo o tempo seco significa mais calor, o calor provoca securas, nomeadamente na boca. A maneira mais fácil de acabar com as securas é beber. Como os portugueses são apreciadores da qualidade, bebem o que de melhor há em Portugal: vinho e cerveja. Logo, como conclusão, a bebida alcoólica, ao contrário do que é dito, provoca grandes melhorias na condução. Requeremos assim que as multas sejam passadas a quem vai sóbrio, sendo a tabela de multas de: 0,00 - 0,50 (recebe 35 € para gastar na tasca mais próxima); 0,51 – 1,20 (recebe 15€ para completar a embriaguez); 1,20 – 3,00 (Viagem para duas pessoas durante um fim-de-semana a uma região demarcada à escolha ou Kit Sócio Benfica); mais do que 3,00 (Condecoração no Palácio de Belém com a Ordem do Infante).
Concluímos por chamar à colação Descartes de forma a valorizar este conjunto de questões com a sua máxima Penso, Logo Existo.

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