1/29/2007

Gregos e Estrelas de Futebol

Claro está que não podia o Moyle deixar passar em claro um dos assuntos mais escaldantes desta época futebolística. Serão os portugueses racistas e xenófobos? Serão os «brandos costumes», o «luso-tropicalismo» e a capacidade de integração da cultura portuguesa apenas devaneios coloniais do tempo da «outras senhora»? As opiniões são como as pilas, isto é, cada um tem uma, e o Moyle tem a sua.
O arquétipo cultural que defende a capacidade integradora portuguesa e a sua propensão cultural contrária ao racismo e à xenofobia é extremamente interessante porque apela a uma suposta maturidade da cultura portuguesa e dos portugueses em que todos gostamos, ou queremos, acreditar. Porém, como se justifica o comunicado emitido no site oficial do FCP em que os gregos são acusados de destruir o futebol à cacetada? Será xenofobia encapotada? Não, definitivamente não é. Depois de uma aturada investigação atingiram-se conclusões importantes quanto à postura dos gregos no futebol.
Grande tragédia do futebol mundial a queda do avião do Manchester United, na altura uma das melhores equipas do mundo, que vitimou quase toda a equipa em Munique em 1960 e que, pode ser adiantado de fonte segura, foi provocado por uma entrada de carrinho da hospedeira ao piloto, por este lhe ter apreciado o decote. Escusado será dizer a naturalidade da hospedeira. Era grega.
Outra grande tragédia, que vitimou a melhor equipa do mundo da década de ’40, foi a queda em 1949 do avião que transportava a equipa do Torino contra a basílica de Superga em Itália. O que poucos sabem é que o pároco de Superga era de origem grega e, portanto, com uma profunda aversão por grandes jogadores. Não se sabe como provocou a queda do avião, mas que o fez é indiscutível.
No Mundial de 1966, apesar do brilho indesmentível e da enorme categoria da Selecção Nacional portuguesa, devemos reconhecer que só eliminámos o Brasil devido à lesão infligida a Pelé por um grego. Como é óbvio, a Grécia não participou no Mundial de ’66, mas um adepto, ao correr para Pelé por um autógrafo, entrou a pés juntos e esmigalhou-lhe o joelho, o tornozelo e maltratou-lhe três tendões.
Soube o Moyle de fonte segura que, das seis operações a que o Pantera Negra foi submetido ao joelho direito, quatro foram motivadas por entradas perigosas de gregos que lhe foram destruindo a articulação. Podemos argumentar que o King raramente jogou contra gregos, mas a verdade é que foram vezes demais se atentarmos nas consequências. Não fossem os gregos e ainda Eusébio abrilhantaria o campeonato português.
Uma das maiores perdas do futebol moderno foi a carreira demasiado curta de Marco van Basten, cujas constantes lesões, provocadas por entradas perigosas de adversários, subtraíram aos adeptos o deleite de ver jogar aquele que terá sido um dos melhores pontas-de-lança de todos os tempos. O que poucos saberão é que foram sempre gregos a provocar essas lesões. Quer jogadores, quer simples transeuntes que não puderam suportar a enorme qualidade do extraordinário jogador, sendo o denominador comum entre ambos, o facto de serem gregos. Grandes catástrofes, não querendo abusar usando a expressão hecatombes – embora seja exactamente disso que se trata – foram as duas últimas manifestações anti-estrelas de futebol originadas por gregos. Dois dos galácticos do FCP, Lisandro e Anderson, foram, em anos consecutivos, barbaramente agredidos por gregos, num claro e inequívoco atentado de falta de fair-play e de respeito pela dignidade humana. A Comissão para a protecção dos Direitos Humanos, o Tribunal Penal Internacional em Haia e a Quercus estão já no terreno a investigar estas situações. Uma última palavra vai para Lucílio Baptista, que permitiu e pactuou com tão bárbaros atentados perpetrados por gregos, para referir a ascendência helénica do dito árbitro. De facto, depois de filologicamente descontruído, o nome do senhor revela, insofismavelmente, a influência helénica e, logo, corrobora a hipótese aventada pelo famoso comunicado.

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