7/22/2006

Ir ao Stand

Para os homens, as mulheres e os carros têm um valor sentimental muito semelhante, ou pelo menos ocupam um espaço afectivo e prioridades (sobretudo orçamentais) muito próximas. Comparemos:
Primeiro pensamos todos nos grandes bólides, novos modelos, topo de gama, que vêm nas revistas da especialidade e imaginamos: Gostava de ter um avião destes! Bela viatura! É a máquina dos meus sonhos!. O problema é quando se chega à parte de «encostar a barriga ao balcão», e aí só uma minoria consegue sustentar este gosto pela alta cilindrada.
Não dando para um topo de gama, procura-se depois na gama média alta, ou seja, jipes, carros familiares, de passeio, talvez um cabriolet. Embora sendo máquinas mais acessíveis, não deixam de ter os seus custos, e mesmo em 2ª mão, têm uma manutenção muito dispendiosa para a maioria.
A partir daqui, se queremos novo, tem que ser um utilitário. Uma coisa para usar todos os dias, que não nos deixe ficar mal nas piores alturas e que consuma pouco, o que já não será mau, dentro das possibilidades.
É claro que se pode sempre recorrer aos stands de carros usados, sendo que aí é melhor escolher de origem alemã ou sueca que aguentam mais rodagem, pois, caso contrário, corre-se sempre o risco de comprar algo muito batido mas bem maquilhado, o que poderá ser sempre uma carga de trabalhos, com muitas idas ao arranjo. Deve evitar-se ao máximo espaços destes com muitas bandeirinhas e floreados do género, nunca é bom sinal escolher nesse locais.
O que é muito raro acontecer, é cair-nos no colo o que procuramos, por exemplo, ser-nos oferecido. Esta é sem dúvida a melhor das situações, mas que acarreta, no entanto, uma bela dose de sorte e de conhecimentos e, eventualmente, alguma desconfiança sobre o produto. Mas como é oferecido…
Pena é que já não seja como antigamente, em que a máquina era oferecida e, com um bocado de sorte, ainda se recebia dinheiro para rodar nela.

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