Para os nossos atentos leitores temos, desta vez, uma conversa extremamente interessante e informal com uma das mais importantes, e controversas, figuras da Humanidade. Vejamos como Nossa Senhora de Fátima se sente como peixe na água em vários, e alguns deles muito sensíveis, temas da actualidade.
O Alto, o Forte e o Moyle – Boa tarde! Desde já agradecemos a disponibilidade em aceitar conversar connosco. Imaginamos que seja uma pessoa muito ocupada, principalmente no Verão.
Nossa Senhora de Fátima – Ora essa, o prazer é todo meu. É pena não ser mais vezes solicitada para estes momentos, mas acho que as pessoas têm uma ideia errada sobre nós, as celebridades.
AFM – Eis, então, um bom ponto de partida. O que acha de ser uma estrela do Jet Set, uma celebridade?
NSF – Se quer mesmo saber, até que não é desagradável. As festas, os eventos sociais. É tudo muito bonito. Adoro festas populares e arraiais, ando é sempre a cheirar a sardinha e a tinto. Estou é aborrecida com o José Eduardo Moniz, por não me ter ainda convidado para uma dessas coisas das celebridades, gostei muito da quinta, fez-me lembrar quando nasceu o meu Jesus.
AFM – Importa-se de nos explicar porquê? Estamos certos que as nossas legiões de leitores iriam gostar de saber.
NSF – Houve uma altura em que eu não sabia bem como lidar com a fama. Sabe, isto do nosso filho ser o Messias é complicado. E não era só isso, é que o meu filho é meu pai e pai dele próprio e veste-se de pomba. Não é fácil. Às vezes é uma confusão lá em casa! Veja lá que, de um dia para o outro, passei de dona de casa, mulher de um carpinteiro, a filha, amante e mãe de Deus. Foi tudo menos fácil, posso garantir-lhe. Enquanto isto me acontecia, formou-se uma multidão de fãs incrível. Tive que arranjar dezenas de pseudónimos, senão não podia atender a todos.
AFM – Exactamente! Na verdade, como prefere ser conhecida? “Nossa Senhora” é bastante formal, ao passo que “Fátima”, ou qualquer um dos outros nomes, é demasiado familiar.
NSF – Para mim é-me verdadeiramente indiferente. Tem uma certa razão quanto ao “Nossa Senhora”, mas os fãs estão habituados. Eu aprecio bastante um “Do Rosário”, “dos Aflitos”, até “Do Ó”. Já não gosto tanto de “Nossa Senhora do Leite”, faz-me lembrar uma leiteira que andou a arrastar a asa ao meu José, grande vaca. Fora isso, é-me indiferente.
AFM – Mas como estava a dizer, acerca dos problemas que teve com a fama…
NSF – Pois! Eu criei na altura um certo afastamento, chamemos-lhe um afastamento presente, e, a partir daí, os fãs começaram a pôr-me… Como hei de dizer? A pôr-me num pedestal, a reverenciar-me à distância. Eu ressenti-me bastante, porque adoro gente. Sou uma verdadeira “Party Animal”. Custou-me que me começassem a tratar como se eu fosse uma “Vaca Sagrada”.
AFM – Acha que o facto do seu filho ser uma estrela ajudou a catapultar a sua imagem?
NSF – Talvez tenha contribuído um pouco, mas prefiro acreditar que foi o meu espírito, o meu bom gosto para vestir, o meu intelecto, que me tornaram conhecida e popular. Terei que agradecer, acima de tudo à empresa que trata da minha imagem. De facto, a Companhia de Jesus – Ideias Criativas S.A. teve um papel fundamental na minha divulgação, o que tenho, nunca é demais repeti-lo, de agradecer. Se não fossem eles, há largos anos já, eu não passaria “daquela”, da mulher do carpinteiro.
AFM – Pelo que nos é dado a ver, seria verdadeiramente injusto, pois se até a mãe do Ronaldinho faz publicidade, por que não deveria ser reconhecida aquela que é, de facto, a mãe do “Salvador da Humanidade”. Mas deixemos de parte estas questões de marketing e gestão de imagem. O que acha da situação política internacional?
NSF – Eu não tenho grande opinião, até porque já há uns tempos que não vejo o Nuno Rogeiro e estou bastante desactualizada. O que posso dizer é que acho, muito honestamente, que o mundo, depois da queda do muro, está uma confusão. Parece a luta pela permanência na Liga BetandWin nos corredores da Praça da Alegria. E depois há aquela questão de Israel, com a terra prometida. É que isso é tudo mentira, houve sim uma ocasião em que o meu catraio disse ao Cabude Sachoberg, um dos jornaleiros que andava por conta do meu Zé, sovina como o meu amante o dá, e disse-lhe que ele havia de ter a sua terra, ele e os outros como ele. Mas ele referia-se só a umas leivas de terra, nunca àquele bocado todo.
AFM – Mas… A senhora não é judia??
NSF – Se considerarmos bem, eu sou uma cidadã do mundo, apesar da costela brasileira do meu filho ser muito evidente. E atenção que não nasci na Judeia, tive que dar à luz numa maternidade egípcia devido aos cortes orçamentais, uns seguranças privados contratados pelo estado judaico mataram o meu filho. Por aqui pode ver que poucos laços me ligam a essa gente. Sou tão judia como o Roberto Leal é português! De resto, como já disse, o meu filho e marido e pai disse que não prometeu aquela terra a ninguém, portanto, quem chegou primeiro reclama posse. Quanto à política internacional, o Bush é um pobre incompreendido, o Durão Barroso é uma pessoa que respira competência, o Putin é um fofo que não faz mal a ninguém e o Wen Jiabao, da China, um verdadeiro querido, um amor em todos os aspectos.
AFM – Sabemos que é uma verdadeira amante de Portugal e dos portugueses, o que fica patente, nomeadamente, na sua grande intimidade com a irmã Lúcia. O que acha da situação do país?
NSF – Quero deixar esclarecido, de uma vez por todas, que apesar do nosso desentendimento em 1980 [ver Camarate Revelado!], a nossa amizade nunca esteve em causa. De resto ela vai lá a casa frequentemente. Em relação a Portugal, realmente a situação não é muito favorável, mas com o bom resultado que Portugal obteve no mundial, os recursos humanos do futebol português vão valorizar e a balança comercial vai ser equilibrada com o aumento das exportações. Se o Governo português negociar com os timorenses uns barrizitos de petróleo por troca com os soldados da GNR, então aí era “superavit“ pela certa. Acho contudo que se deve apostar mais na educação, sobretudo na educação sexual. Se as crianças se entusiasmarem com a escola o rendimento escolar aumenta e em menos de uma geração o Choque Tecnológico irá chocar efectivamente, mas pela positiva, isto é se alguém o chegar a encontrar.
AFM – Como sabemos que um dos seus nomes é “Da Luz”, diga-nos: o que acha da contratação de Fernando Santos para treinar o Benfica?
NSF – Nesse aspecto não tenho grande opinião, eu até sou da Académica de Coimbra. O que eu gostaria era de lançar um apelo sério e sentido: Por favor, deixem jogar o Mantorras!
AFM – Planos para férias, já tem?
NSF – Este ano, curiosamente, estou a pensar em fazer férias em Portugal, talvez na região do Oeste. Caldas, Bombarral, Ericeira. O clima é óptimo e vai dar para passear e ver monumentos, Mafra, Óbidos, talvez vá até Sintra. Se puder vou também a Fátima. É um sítio onde nunca estive e, embora pessoalmente seja céptica, aprecio muito as manifestações de religiosidade popular. Por outro lado, ainda há o artesanato, a gastronomia, o vinho, é tudo muito bom, só é pena é o bento.
AFM – Com certeza queria dizer vento…
NSF – Não. Pena é o Bento, o comandante da BT que está sempre à saída das discotecas quando uma pessoa vem de lá já um bocadito tocada, com o grão na asa.
AFM – Desde já despedindo-nos e novamente agradecendo a honra e o prazer que foi esta conversa queremos colocar-lhe uma última questão? É leitora assídua do nosso blog, «oaltooforteeomoyle»?
NSF – Blog? Mas isto não é para a Ana + Atrevida? Peço desculpa por esta situação embaraçosa. Sinceramente nunca tinha ouvido falar de vocês, mas tenho a dizer que são muito simpáticos e espero verdadeiramente que possamos falar de novo no futuro. Obrigado e o meu pai, marido e filho os abençoe.
O Alto, o Forte e o Moyle – Boa tarde! Desde já agradecemos a disponibilidade em aceitar conversar connosco. Imaginamos que seja uma pessoa muito ocupada, principalmente no Verão.
Nossa Senhora de Fátima – Ora essa, o prazer é todo meu. É pena não ser mais vezes solicitada para estes momentos, mas acho que as pessoas têm uma ideia errada sobre nós, as celebridades.
AFM – Eis, então, um bom ponto de partida. O que acha de ser uma estrela do Jet Set, uma celebridade?
NSF – Se quer mesmo saber, até que não é desagradável. As festas, os eventos sociais. É tudo muito bonito. Adoro festas populares e arraiais, ando é sempre a cheirar a sardinha e a tinto. Estou é aborrecida com o José Eduardo Moniz, por não me ter ainda convidado para uma dessas coisas das celebridades, gostei muito da quinta, fez-me lembrar quando nasceu o meu Jesus.
AFM – Importa-se de nos explicar porquê? Estamos certos que as nossas legiões de leitores iriam gostar de saber.
NSF – Houve uma altura em que eu não sabia bem como lidar com a fama. Sabe, isto do nosso filho ser o Messias é complicado. E não era só isso, é que o meu filho é meu pai e pai dele próprio e veste-se de pomba. Não é fácil. Às vezes é uma confusão lá em casa! Veja lá que, de um dia para o outro, passei de dona de casa, mulher de um carpinteiro, a filha, amante e mãe de Deus. Foi tudo menos fácil, posso garantir-lhe. Enquanto isto me acontecia, formou-se uma multidão de fãs incrível. Tive que arranjar dezenas de pseudónimos, senão não podia atender a todos.
AFM – Exactamente! Na verdade, como prefere ser conhecida? “Nossa Senhora” é bastante formal, ao passo que “Fátima”, ou qualquer um dos outros nomes, é demasiado familiar.
NSF – Para mim é-me verdadeiramente indiferente. Tem uma certa razão quanto ao “Nossa Senhora”, mas os fãs estão habituados. Eu aprecio bastante um “Do Rosário”, “dos Aflitos”, até “Do Ó”. Já não gosto tanto de “Nossa Senhora do Leite”, faz-me lembrar uma leiteira que andou a arrastar a asa ao meu José, grande vaca. Fora isso, é-me indiferente.
AFM – Mas como estava a dizer, acerca dos problemas que teve com a fama…
NSF – Pois! Eu criei na altura um certo afastamento, chamemos-lhe um afastamento presente, e, a partir daí, os fãs começaram a pôr-me… Como hei de dizer? A pôr-me num pedestal, a reverenciar-me à distância. Eu ressenti-me bastante, porque adoro gente. Sou uma verdadeira “Party Animal”. Custou-me que me começassem a tratar como se eu fosse uma “Vaca Sagrada”.
AFM – Acha que o facto do seu filho ser uma estrela ajudou a catapultar a sua imagem?
NSF – Talvez tenha contribuído um pouco, mas prefiro acreditar que foi o meu espírito, o meu bom gosto para vestir, o meu intelecto, que me tornaram conhecida e popular. Terei que agradecer, acima de tudo à empresa que trata da minha imagem. De facto, a Companhia de Jesus – Ideias Criativas S.A. teve um papel fundamental na minha divulgação, o que tenho, nunca é demais repeti-lo, de agradecer. Se não fossem eles, há largos anos já, eu não passaria “daquela”, da mulher do carpinteiro.
AFM – Pelo que nos é dado a ver, seria verdadeiramente injusto, pois se até a mãe do Ronaldinho faz publicidade, por que não deveria ser reconhecida aquela que é, de facto, a mãe do “Salvador da Humanidade”. Mas deixemos de parte estas questões de marketing e gestão de imagem. O que acha da situação política internacional?
NSF – Eu não tenho grande opinião, até porque já há uns tempos que não vejo o Nuno Rogeiro e estou bastante desactualizada. O que posso dizer é que acho, muito honestamente, que o mundo, depois da queda do muro, está uma confusão. Parece a luta pela permanência na Liga BetandWin nos corredores da Praça da Alegria. E depois há aquela questão de Israel, com a terra prometida. É que isso é tudo mentira, houve sim uma ocasião em que o meu catraio disse ao Cabude Sachoberg, um dos jornaleiros que andava por conta do meu Zé, sovina como o meu amante o dá, e disse-lhe que ele havia de ter a sua terra, ele e os outros como ele. Mas ele referia-se só a umas leivas de terra, nunca àquele bocado todo.
AFM – Mas… A senhora não é judia??
NSF – Se considerarmos bem, eu sou uma cidadã do mundo, apesar da costela brasileira do meu filho ser muito evidente. E atenção que não nasci na Judeia, tive que dar à luz numa maternidade egípcia devido aos cortes orçamentais, uns seguranças privados contratados pelo estado judaico mataram o meu filho. Por aqui pode ver que poucos laços me ligam a essa gente. Sou tão judia como o Roberto Leal é português! De resto, como já disse, o meu filho e marido e pai disse que não prometeu aquela terra a ninguém, portanto, quem chegou primeiro reclama posse. Quanto à política internacional, o Bush é um pobre incompreendido, o Durão Barroso é uma pessoa que respira competência, o Putin é um fofo que não faz mal a ninguém e o Wen Jiabao, da China, um verdadeiro querido, um amor em todos os aspectos.
AFM – Sabemos que é uma verdadeira amante de Portugal e dos portugueses, o que fica patente, nomeadamente, na sua grande intimidade com a irmã Lúcia. O que acha da situação do país?
NSF – Quero deixar esclarecido, de uma vez por todas, que apesar do nosso desentendimento em 1980 [ver Camarate Revelado!], a nossa amizade nunca esteve em causa. De resto ela vai lá a casa frequentemente. Em relação a Portugal, realmente a situação não é muito favorável, mas com o bom resultado que Portugal obteve no mundial, os recursos humanos do futebol português vão valorizar e a balança comercial vai ser equilibrada com o aumento das exportações. Se o Governo português negociar com os timorenses uns barrizitos de petróleo por troca com os soldados da GNR, então aí era “superavit“ pela certa. Acho contudo que se deve apostar mais na educação, sobretudo na educação sexual. Se as crianças se entusiasmarem com a escola o rendimento escolar aumenta e em menos de uma geração o Choque Tecnológico irá chocar efectivamente, mas pela positiva, isto é se alguém o chegar a encontrar.
AFM – Como sabemos que um dos seus nomes é “Da Luz”, diga-nos: o que acha da contratação de Fernando Santos para treinar o Benfica?
NSF – Nesse aspecto não tenho grande opinião, eu até sou da Académica de Coimbra. O que eu gostaria era de lançar um apelo sério e sentido: Por favor, deixem jogar o Mantorras!
AFM – Planos para férias, já tem?
NSF – Este ano, curiosamente, estou a pensar em fazer férias em Portugal, talvez na região do Oeste. Caldas, Bombarral, Ericeira. O clima é óptimo e vai dar para passear e ver monumentos, Mafra, Óbidos, talvez vá até Sintra. Se puder vou também a Fátima. É um sítio onde nunca estive e, embora pessoalmente seja céptica, aprecio muito as manifestações de religiosidade popular. Por outro lado, ainda há o artesanato, a gastronomia, o vinho, é tudo muito bom, só é pena é o bento.
AFM – Com certeza queria dizer vento…
NSF – Não. Pena é o Bento, o comandante da BT que está sempre à saída das discotecas quando uma pessoa vem de lá já um bocadito tocada, com o grão na asa.
AFM – Desde já despedindo-nos e novamente agradecendo a honra e o prazer que foi esta conversa queremos colocar-lhe uma última questão? É leitora assídua do nosso blog, «oaltooforteeomoyle»?
NSF – Blog? Mas isto não é para a Ana + Atrevida? Peço desculpa por esta situação embaraçosa. Sinceramente nunca tinha ouvido falar de vocês, mas tenho a dizer que são muito simpáticos e espero verdadeiramente que possamos falar de novo no futuro. Obrigado e o meu pai, marido e filho os abençoe.
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