Se calhar devíamos começar a pensar em criar uma subscrição pública para alimentar o senhor Silva e a sua mulher, a senhora Silva.
Assim como o senhor Silva tem permitido e até patrocinado uma prestação de apoio social pública em moldes de caridadezinha para com os desgraçadinhos, se calhar devíamos pensar em abrir os nossos bolsos à caridadezinha para com este filantropo patriota, que abdicou de um salário de mais de 6 mil euros em nome da solidariedade nacional, apenas para agora arriscar-se a passar fome. Vejam bem, passar fome em nome de todos nós.
É absolutamente desumano terem feito o palácio presidencial tão perto dos Pastéis de Belém quando o senhor presidente não tem dinheiro nem para uma carcaçazinha com manteiga. É tortura gratuita.
Imaginem o nosso desgraçado chefe de estado a receber outros chefes de estado, anafados e com possibilidade de repetirem o prato principal quantas vezes quiserem, enquanto ele fraqueja nas magras canetas. É tenebroso e revoltante os portugueses, enquanto povo, não se comiserarem da desgraça de um concidadão.
Há quem aponte, com alguma justeza, que o senhor Silva deveria ter poupado enquanto era mais novo. É verdade, aceita-se. Mas vejam, quem é que imaginaria que, décadas depois, as migalhas de bolo-rei que se deixaram descuidadamente escapar pelas boca fora e roupa abaixo fariam tanta falta? Não é incúria, é mero azar.
Como o senhor Silva insiste em referir-se à legítima esposa com a elegantíssima e pós-moderna fórmula «a minha mulher», o Moyle não tem qualquer dúvida sobre quem, na realidade manda lá em casa. Por esse motivo, pede-se ao Zé Povinho que encaminhe os 5 euritos que puder dispensar à senhora Silva, que ela tem pinta de ser quem trata do orçamento doméstico do casal de silvas.
2 comentários:
Esta história demonstra bem a sua falta de bom senso e de tato, para além do completo desconhecimento das condições de vida de um português com um rendimento médio... :P
Mas, por mim, ele que se vá catar, porque do meu bolso não leva nem mais uns tostão furado! É por causa de trastes destes que vivem em palácios e se lamuriam do "pouco" que têm, que se começa a generalizar que o povo português não presta... ;)
Teté,
minha cara, os votos não têm rendimento médio nem máximo e, na realidade, é tudo aquilo com se preocupam a fazer fé nestas palavras.
a lex talionis veterotestamentária prescreve "olho por olho, dente por dente". era engraçado se toda a gente desatasse a faltar ao respeito ao sr. presidente, que foi precisamente o que ele fez a toda a gente.
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