Ultimamente, as preocupações com os avanços da extrema-direita surgem com alguma frequência, principalmente através dos meios de comunicação social.
O primeiro facto registado foi a estrondosa vitória de Salazar nas eleições democráticas do melhor português de sempre. A grande preocupação vem do facto de as eleições serem democráticas, pois se ele nunca tinha ganho eleições e esteve no poder quase 40 anos, agora que ganhou…
Segundo facto, grupos de extrema-direita à conquista das associações de estudantes. Este ainda é mais preocupante, pois se há 30 anos o Durão Barroso era um activista de extrema-esquerda, isto quer dizer, por analogia, que daqui a outros 30 anos o Presidente da Comissão Europeia vai ser uma pessoa ligada ao centro-esquerda. Ou seja, tipo um Sócrates mas de centro-esquerda.
Terceiro facto: o cartaz do PNR. É preocupante ver um cartaz daqueles, principalmente se tivermos em conta que aquele senhor, que porventura será um burguês de direita, quer mandar embora do país aqueles que lhe garantem não ter que trabalhar. Reparem, se ele mandasse embora os africanos e os imigrantes de Leste, quem é que lhe construía a casa, com garagem, e reconstruía o monte alentejano que finalmente conseguiu recuperar depois da Reforma Agrária que tinha desapropriado os pais que tinham explorado meio Alentejo? Não o estou a ver a chapar massa, ou a rebocar paredes! Ahh! Pedia à DGS que lhe arranjasse uns quantos burgueses esquerdistas. Pois, só podia!
Quarto facto: o regresso de Paulo Portas. Apesar de não terem sido umas eleições tão democráticas como as do Mestre, mesmo assim, o Paulinho das Feiras conseguiu o regresso à ditadura. Sim é verdade, ele é o dirigente totalitarista de um partido. Vejamos isto através de um silogismo: Paulo é Presidente do PP, Paulo é totalitarista, logo o Paulo é presidente totalitarista do PP. Claro como água.
Quinto facto: as claques neofascistas do Sporting. Mais propriamente a Juventude Leonina. Mas isto é uma distracção das nossas forças policiais. Reparem bem, o Sporting é o clube dos ricos. Só assim pode ser um clube grande ganhando 2 campeonatos nos últimos 27 anos, já a contar com este. O que são os ricos? Conservadores. Os conservadores são de Direita. O que são os filhos dos conservadores de Direita? Radicais de Direita. E o que são radicais de Direita? Extrema-Direita. E onde é que os conservadores de Direita inscrevem os seus filhos para crescerem com os valores contra-revolucionários? Nas juventudes. Qual é a juventude onde os pais ricos do Sporting inscrevem os seus filhos para lhes inculcarem os valores de Direita? Na Juventude Leonina. Falta de atenção da PJ.
Sexto facto: a questão do Museu de Salazar. Afinal o que é que é uma provocação: os seguidores de Salazar fazerem uma romagem ao seu jazigo, ou as pessoas do movimento anti-fascista irem protestar para Santa Comba? Afinal ainda estamos num país democrático, e Salazar ganhou as eleições. O Moyle acha normal querer-se construir um museu sobre o melhor português de sempre. Com certeza que os espanhóis têm um museu sobre os melhores espanhóis, os franceses sobre os melhores franceses. Agora os espanhóis não escolheram por telefone Francisco Franco como o melhor espanhol, nem os franceses o general Pétain como o melhor francês.
Sétimo, e último, facto: a reeleição de Alberto João Jardim. Houve alguém, supõe o Moyle que era o candidato do partido de Manuel Monteiro, que disse que o eterno vencedor das “eleições” na Madeira era um devedor de Marcelo Caetano. Ora, vindo de quem vem, (o Moyle acredita, porque parece alguém a reivindicar aquilo que acha que lhe pertence), parece credível. Mas realmente as semelhanças são muito mais profundas. Os mais velhos devem recordar-se: o que fez Marcelo Caetano para obter do povo português a aprovação da política ultramarina, em 1969? Convocou eleições e concorreu sozinho, quase sozinho. O que fez Alberto João Jardim para obter do povo madeirense a aprovação da sua política ultramarina? Demitiu-se e recandidatou-se sozinho, ou quase sozinho. Não há dúvida, o partido de Manuel Monteiro está bem informado (o Moyle chama-lhe o partido de Manuel Monteiro porque se vai chamar pelas siglas PND ninguém o conhece).
Este surto da extrema-direita preocupa o Moyle, não só por causa destes factos, mas porque a TVI parece estar a perceber as potencialidades deste tema e parece querer incutir nos seus jornalistas um espírito nacionalista de direita conservadora, saudosista. Foi com grande surpresa que o Moyle assistiu a um programa informativo de hora de almoço no dia das eleições em França, no dito canal, e ouviu a jornalista a dizer que os votos dos territórios ultramarinos, franceses claro está, eram muito importantes para decidir o resultado da descarga. Isto colocou uma dúvida existencial ao Moyle: afinal enganaram-nos e só nós é que fizemos a descolonização. Só pode ser. Por isso é que qualquer jogador de futebol pode jogar pela selecção francesa. Está-se a fazer luz. Zidane, Vieira, Desailly, Thuram, e o capitão era o colonialista do Deschamps. E nós fomos atrás dos Ventos de História e demos a independência aos nossos territórios ultramarinos. Hoje podíamos ter o Zé d’Angola a jogar na selecção, ou o Zé Kalanga e, claro, o grande Mantorras.
Das duas uma, ou a TVI está enganada e anda a contratar jornalistas formados na Independente, ou Portugal foi enganado pelo Mundo.
O primeiro facto registado foi a estrondosa vitória de Salazar nas eleições democráticas do melhor português de sempre. A grande preocupação vem do facto de as eleições serem democráticas, pois se ele nunca tinha ganho eleições e esteve no poder quase 40 anos, agora que ganhou…
Segundo facto, grupos de extrema-direita à conquista das associações de estudantes. Este ainda é mais preocupante, pois se há 30 anos o Durão Barroso era um activista de extrema-esquerda, isto quer dizer, por analogia, que daqui a outros 30 anos o Presidente da Comissão Europeia vai ser uma pessoa ligada ao centro-esquerda. Ou seja, tipo um Sócrates mas de centro-esquerda.
Terceiro facto: o cartaz do PNR. É preocupante ver um cartaz daqueles, principalmente se tivermos em conta que aquele senhor, que porventura será um burguês de direita, quer mandar embora do país aqueles que lhe garantem não ter que trabalhar. Reparem, se ele mandasse embora os africanos e os imigrantes de Leste, quem é que lhe construía a casa, com garagem, e reconstruía o monte alentejano que finalmente conseguiu recuperar depois da Reforma Agrária que tinha desapropriado os pais que tinham explorado meio Alentejo? Não o estou a ver a chapar massa, ou a rebocar paredes! Ahh! Pedia à DGS que lhe arranjasse uns quantos burgueses esquerdistas. Pois, só podia!
Quarto facto: o regresso de Paulo Portas. Apesar de não terem sido umas eleições tão democráticas como as do Mestre, mesmo assim, o Paulinho das Feiras conseguiu o regresso à ditadura. Sim é verdade, ele é o dirigente totalitarista de um partido. Vejamos isto através de um silogismo: Paulo é Presidente do PP, Paulo é totalitarista, logo o Paulo é presidente totalitarista do PP. Claro como água.
Quinto facto: as claques neofascistas do Sporting. Mais propriamente a Juventude Leonina. Mas isto é uma distracção das nossas forças policiais. Reparem bem, o Sporting é o clube dos ricos. Só assim pode ser um clube grande ganhando 2 campeonatos nos últimos 27 anos, já a contar com este. O que são os ricos? Conservadores. Os conservadores são de Direita. O que são os filhos dos conservadores de Direita? Radicais de Direita. E o que são radicais de Direita? Extrema-Direita. E onde é que os conservadores de Direita inscrevem os seus filhos para crescerem com os valores contra-revolucionários? Nas juventudes. Qual é a juventude onde os pais ricos do Sporting inscrevem os seus filhos para lhes inculcarem os valores de Direita? Na Juventude Leonina. Falta de atenção da PJ.
Sexto facto: a questão do Museu de Salazar. Afinal o que é que é uma provocação: os seguidores de Salazar fazerem uma romagem ao seu jazigo, ou as pessoas do movimento anti-fascista irem protestar para Santa Comba? Afinal ainda estamos num país democrático, e Salazar ganhou as eleições. O Moyle acha normal querer-se construir um museu sobre o melhor português de sempre. Com certeza que os espanhóis têm um museu sobre os melhores espanhóis, os franceses sobre os melhores franceses. Agora os espanhóis não escolheram por telefone Francisco Franco como o melhor espanhol, nem os franceses o general Pétain como o melhor francês.
Sétimo, e último, facto: a reeleição de Alberto João Jardim. Houve alguém, supõe o Moyle que era o candidato do partido de Manuel Monteiro, que disse que o eterno vencedor das “eleições” na Madeira era um devedor de Marcelo Caetano. Ora, vindo de quem vem, (o Moyle acredita, porque parece alguém a reivindicar aquilo que acha que lhe pertence), parece credível. Mas realmente as semelhanças são muito mais profundas. Os mais velhos devem recordar-se: o que fez Marcelo Caetano para obter do povo português a aprovação da política ultramarina, em 1969? Convocou eleições e concorreu sozinho, quase sozinho. O que fez Alberto João Jardim para obter do povo madeirense a aprovação da sua política ultramarina? Demitiu-se e recandidatou-se sozinho, ou quase sozinho. Não há dúvida, o partido de Manuel Monteiro está bem informado (o Moyle chama-lhe o partido de Manuel Monteiro porque se vai chamar pelas siglas PND ninguém o conhece).
Este surto da extrema-direita preocupa o Moyle, não só por causa destes factos, mas porque a TVI parece estar a perceber as potencialidades deste tema e parece querer incutir nos seus jornalistas um espírito nacionalista de direita conservadora, saudosista. Foi com grande surpresa que o Moyle assistiu a um programa informativo de hora de almoço no dia das eleições em França, no dito canal, e ouviu a jornalista a dizer que os votos dos territórios ultramarinos, franceses claro está, eram muito importantes para decidir o resultado da descarga. Isto colocou uma dúvida existencial ao Moyle: afinal enganaram-nos e só nós é que fizemos a descolonização. Só pode ser. Por isso é que qualquer jogador de futebol pode jogar pela selecção francesa. Está-se a fazer luz. Zidane, Vieira, Desailly, Thuram, e o capitão era o colonialista do Deschamps. E nós fomos atrás dos Ventos de História e demos a independência aos nossos territórios ultramarinos. Hoje podíamos ter o Zé d’Angola a jogar na selecção, ou o Zé Kalanga e, claro, o grande Mantorras.
Das duas uma, ou a TVI está enganada e anda a contratar jornalistas formados na Independente, ou Portugal foi enganado pelo Mundo.
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