10/09/2006

Liga a 10, ou menos!

É verdade, segundo as últimas informações, a liga portuguesa de futebol, bem como as restantes ligas europeias vão ser obrigadas a reduzir o número de clubes para um máximo de 10 clubes. Isto porque, depois do brilharete no Mundial, chegámos à conclusão de que poderíamos embandeirar em arco, e algumas das mentes brilhantes que temos no futebol, como o Sr. Fiúza, pensaram: “Eu tambuém posso ser o Guebara do Futebole, porque nuom soué nenhum pacóbio!” Assim, o pensou e assim o fez.
Mas o maior caso surge agora, quando os dirigentes do, alegado (pelos próprios), único clube realmente português, reivindicam a repetição de todos os jogos em que haja erros de arbitragem. Ora, como cada jornada vai ser repetida 2 ou 3 vezes, no mínimo, o campeonato das 16 equipas está fora de questão, uma vez que se prolongaria por várias épocas sem interrupção e com jogos à 4ª feira, o que colocava em causa a participação portuguesa nas competições europeias.
Sendo assim o campeonato português, como é o que tem mais casos, vai passar a contar apenas com 6 clubes, esperando-se que acabe até ao fim de Junho, esperando-se igualmente que a selecção falhe as qualificações para as fases finais das competições internacionais, para não prolongar o campeonato até Agosto.
No entanto, se esta medida seguir em frente fica a dúvida se terá ou não efeitos retroactivos, senão vejamos. Imaginemos que terão que ser repetidos todos os jogos em que houve erros de arbitragem. Lá teria o Jardel que regressar a Alvalade para marcar os penaltys que ficaram por marcar naquele célebre ano do “Porque será?”. E lá vai o Ricardo perder a melhor defesa que já fez com luvas, quando defendeu uma bola um metro dentro da baliza, evitando aquilo que seria um golo certo.
E o Porto vai ter que repetir os jogos quase todos das últimas duas décadas, o que por um lado até é bom sinal, pois voltaremos a ver em acção o André, o Jaime Magalhães, o Frasco, o Sousa, o Paulinho Santos, o Jorge Costa e isto é só para dar um cheirinho do que pode vir a acontecer, não esquecendo o grande João Pinto e o regresso das suas saudosas declarações.
No entanto, o clube que porventura será mais beneficiado será o Benfica, pois terá a oportunidade de finalmente vender o Eusébio, facto que lhe foi recusado pelo Sr. Presidente do Conselho, que quis fazer do Benfica o que Franco fez do Real Madrid, o que se revelou um profundo fracasso, pois sendo Portugal, na altura, um país muito maior do que a Espanha, o Real de Franco conseguiu vencer 6 Taças dos Campeões e o Glorioso apenas 2. E mais, mesmo que ninguém se lembre de quando o Benfica foi beneficiado, vão ter que repetir os jogos em que foram prejudicados, cujos resultados irão depender do estado de saúde dos jogadores da altura, que serão chamados para a repetição do jogo.
Por tudo isto, a RTP Memória já anunciou que vai acabar com as transmissões de jogos, aguardando pelas repetições não falseadas.
Quem deve estar aflito com estas notícias é o Sr. José Pratas, com medo de ter que fugir outra vez do Fernando Couto e do Paulinho Santos.
E vai ser este o futebol do futuro… um remaking

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