Era uma vez uma meiga donzela.
Uma donzela presa num terrível dilema.
Um terrível dilema de amor.
Um amor nascido sob um terrível plenilúnio.
Um plenilúnio que gesta não só um monstro.
Um monstro é gerado e um não-ser.
Um não-ser espectral e feito de vácuo.
Um vácuo asmático que caminha e suga ao ser
a sua chama.
Uma chama que nos olhos lhe inflama um
incêndio.
Um incêndio também rasga o peito ao
monstro.
Um monstro terrível, lupino, de ígnea e
sanguínea voracidade.
Uma voracidade de amar até à consumição.
Uma consumição e um vazio que devem ser
escolha.
Uma escolha da meiga donzela num dilema.
Um dilema que não é o da própria donzela.
Uma donzela incapaz de fugir ao infortúnio.
Um infortúnio sob o espectro do terrível
plenilúnio.
2 comentários:
É, parece que estamos a atravessar uma longuíssima noite das bruxas (ou melhor dizendo, dos bruxos, vampiros, lobisomens e criaturas afins!), que não começa e acaba amanhã, data prevista para os zombies saírem à rua...
E destes, por acaso, tenho medo! brrrrr... :P
Teté,
é mesmo caso para ter medo. vamos continuar à espera de um van Helsing que nos venha libertar destas monstruosidades...
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