9/04/2009

Pré-Campanha Eleitoral III

A época que antecede as eleições é uma época bonita. É, até, uma época de grande portuguesismo no sentido em que se sucedem os desmentidos, as facadas nas costas, as "bocas" e mensagens afins, com conteúdos e destinatários mais ou menos revelados, mais ou menos encobertos.
Tendo a actual legislatura abanado um bocado com as questões da Educação, o Executivo tentou passar sempre a imagem de solidez e irredutibilidade de maneira a não fragilizar a posição do governo. No entanto, entre professores, familiares e simpatizantes das causas da irritação docente, contabilizam-se uma boa meia dúzia de votos que podem ter o seu quê de importância daqui a umas semanas.
Nas cúpulas da Educação em Portugal, onde os principais intervenientes puseram a sua melhor cara de impassividade olímpica ao longo do tempo, afinal a coisa não é tão divina com o Júpiter socialista a sacudir a água do manto acusando a sua Tétis de indelicada, coisa grave entre divindades, parece.
A triste Maria de Lurdes Tétis, no seu enlevo pelo pai de todos os jobs, perdão, de todos os deuses, reconheceu as suas faltas, mas sempre recusando-se a admitir que verá repudiado o seu amor educativo por José Júpiter, o seu divino amante na modernização do ensino.
Bem, tretas àparte, digo-vos uma coisa com toda a honestidade. Faz-me uma falta um Camões que nem vos passa pela cabeça.

4 comentários:

Teté disse...

Faz-te falta um Camões para quê?

Mas essa do Sócrates sacudir a água do capote estava-se mesmo a ver: ela cumpre a política que ele e os socialistas deliberaram, aceitaram tudo (ambos) mesmo quando a contestação estava ao rubro, agora foi ela que não conduziu o assunto com a necessária delicadeza... Pois!

E sim, fazem-lhes diferença alguns votos dos professores, se bem que a Leite, que já foi Ministra da Educação e provocou ódios de estimação entre a estudantada (a tal geração rasca), também não fique muito bem posicionada para roubar votos no que concerne às políticas de educação!

Bom fim de semana!

Moyle disse...

Teté,

a parte do Camões era mais para explorar a parte mitológica da coisa porque a mim parecem-me todos hárpias. era só por isso.

tens toda a razão. acho até que facadas nas costas não se aplica muito aqui porque o que se nota é um certa falta de coluna vertebral nesta gente.

bom fim de semana também para ti

Blayer disse...

A ministra... A ministra.
A ministra conseguio algo de prodigioso, proibiu as pessoas de ficarem doentes

Moyle disse...

Blayer,

mas isso foi a bater-se a um lugar na Adidas na campanha "Impossible is Nothing".