O Moyle, no decurso da sua cruzada diária contra qualquer coisa, deparou-se com um problema importante que, veio a saber, afecta todos os que se vêem a braços com uma situação semelhante.
Quem já leu, ou tentou ler, legislação (desde as pescas ao preço do pão) já sentiu a dificuldade e o incómodo de a tentar perceber. O problema nem sequer é a linguagem utilizada pelos legisladores mas antes a estrutura do texto e as suas constantes remissões que nos obrigam a ir consultar uns 7382,49 decretos, resoluções, leis e afins, prévios.
Ora bem, o Moyle sugere que a legislação portuguesa passe a ser redigida por escritores de méritos reconhecidos, que a tornem inteligível, fácil e agradável de ler e, dessa forma, acessível a todos os cidadãos.
Vejamos os méritos desta proposta. Se as leis forem agradáveis de ler, todos as lerão com vontade e, por consequência, o cumprimento das mesmas será influenciado de uma forma positiva pelos efeitos subliminares que a leitura provoca. Se as leis fossem redigidas por escritores de mérito e qualidade a criminalidade e a falta de civismo diminuiriam.
Tendo em conta a quantidade enorme de leis que saem todos os dias, as possibilidades de Portugal ganhar novamente o Nobel da literatura aumentariam exponencialmente. A tudo isto acresce a facilidade que os escritores portugueses teriam em se adaptar, até porque grande parte da legislação portuguesa é pura ficção, outra grande parte romance e mesmo comédia há a rodos, sendo que o mérito dos portugueses como contadores de histórias, escritores ou políticos, é bem conhecida e está enraizada.
Por outro lado, quem não ficaria muito satisfeito com esta medida seria Mário Soares, pois na improbabilidade de voltar a haver um debate entre o Senhor Liberdade e Cavaco Silva para umas presidenciais, quando os dois candidatos estivessem a discutir tudo o que está fora das competências do presidente, já Soares não poderia acusar Cavaco de não ter ganho um prémio Nobel, uma vez que é o presidente que assina a legislação e seria, assim, o titular do prémio.
Como é óbvio, desta sugestão está excluído o Nobel José Saramago porque, mal por mal, a legislação portuguesa até nem está assim tão má como isso.
Quem já leu, ou tentou ler, legislação (desde as pescas ao preço do pão) já sentiu a dificuldade e o incómodo de a tentar perceber. O problema nem sequer é a linguagem utilizada pelos legisladores mas antes a estrutura do texto e as suas constantes remissões que nos obrigam a ir consultar uns 7382,49 decretos, resoluções, leis e afins, prévios.
Ora bem, o Moyle sugere que a legislação portuguesa passe a ser redigida por escritores de méritos reconhecidos, que a tornem inteligível, fácil e agradável de ler e, dessa forma, acessível a todos os cidadãos.
Vejamos os méritos desta proposta. Se as leis forem agradáveis de ler, todos as lerão com vontade e, por consequência, o cumprimento das mesmas será influenciado de uma forma positiva pelos efeitos subliminares que a leitura provoca. Se as leis fossem redigidas por escritores de mérito e qualidade a criminalidade e a falta de civismo diminuiriam.
Tendo em conta a quantidade enorme de leis que saem todos os dias, as possibilidades de Portugal ganhar novamente o Nobel da literatura aumentariam exponencialmente. A tudo isto acresce a facilidade que os escritores portugueses teriam em se adaptar, até porque grande parte da legislação portuguesa é pura ficção, outra grande parte romance e mesmo comédia há a rodos, sendo que o mérito dos portugueses como contadores de histórias, escritores ou políticos, é bem conhecida e está enraizada.
Por outro lado, quem não ficaria muito satisfeito com esta medida seria Mário Soares, pois na improbabilidade de voltar a haver um debate entre o Senhor Liberdade e Cavaco Silva para umas presidenciais, quando os dois candidatos estivessem a discutir tudo o que está fora das competências do presidente, já Soares não poderia acusar Cavaco de não ter ganho um prémio Nobel, uma vez que é o presidente que assina a legislação e seria, assim, o titular do prémio.
Como é óbvio, desta sugestão está excluído o Nobel José Saramago porque, mal por mal, a legislação portuguesa até nem está assim tão má como isso.
12 comentários:
Apoiado, camarada Moyle...
Curiosamente, nunca me aventurei por tais designios, mas pelo que dá para perceber, a legislação é como a escrita dos médicos... Fodida de compreender, mas há sempre alguém que a entende - excepto os interessados.
TENHO DITO
ora precisamente, a parte do "excepto os interessados" explica muita coisa acerca das leis em Portugal.
Podes crer,,, tens a minha "poia",,, que é como quem diz,,, a"poia"do!!! Faltou-me mencionar os dramas,,, que é sem duivida o g´nero literario mais em voga e editado no nosso país,,, não só todas essas leis são um drama do camano, como os dramaturgos que as pensam e escreve,,, e logo tornam em drama constante as nossas vidas e existencia diária,,,, dasse,,, que por vezes mais vale ser analfabeto, neste país,,,, não achas???? Abraço,,,, HCL
analfabetos já somos todos, ou melhor, é por analfabetos que nos tomam, há que saber sofrer, levantar a cabeça e continuar a trabalhar para que da próxima corra melhor (espera, isto era o quaresma na flash interview). há que transformar o drama em comédia, todos os dias, um dia de cada vez.
Sem dúvida que seria bem mais prazeroso e mais alegre sr. moyle. Até já estou a imaginar, uma qualquer legislação sobre os impostos, em prosa ou em rima. O contribuinte em vez de piar baixinho, passaria a cantá-la em intervalos de tons ou semitons.
precisamente, minha cara. precisamente...
E eu ficava sem trabalho?
Nilda
ora bem aparecida seja, sôdona Nilda. os advogados não ficam sem emprego, apenas têm que mudar o nome da ordem, e da profissão, para Críticos Literários, mas não se preocupem que o prestígio dos críticos literários ainda é mais baixo que o vosso, portanto pode ser que os ajudem a ganhar autoestima.
E que tal ter a legislação portuguesa em banda desenhada, publicada todas as semanas num jornal gratuito?
5 estrelas , sub-escrevo totalmente a ideia .
abraços bom carnaval
Já percebi que és um grande admirador do Saramago...
E sim, as leis portuguesas deviam dar uma grande volta, porque para saber uma coisa mínima, tem de se consultar 10 mil documentos, cheios de palha! Só o dono de um pequeno restaurante/café teria de conhecer profundamente 800 leis para não infringir nenhuma das regras que a ASAE fiscaliza. Como a maioria desses pequenos proprietários são pouco letrados, imaginas o resultado, não?
minha cara amiga, não é preciso imaginar, pois não? :)
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