Neste tempo de referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez – não vamos falar de abortos porque poderia ser inconveniente para uma boa parte dos deputados portugueses – como, aliás, em todos os momentos que exigem votos, o Moyle é alertado, e vem agora alertar, para um aspecto que muitos preferem varrido para debaixo do tapete, enterrado a sete palmos, emparedado, ou mesmo, quem sabe, morto. Faz-se referência, obviamente, ao fundamentalismo cultural e religioso que grassa no nosso País, esse revivalismo integralista católico, qual cancro que mina e corrói a harmonia social encapotadamente.
Todos os que já foram votar repetiram um gesto mecânico de assinalar uma cruz aspada (vulgo um X) num quadradinho. Parece este simples gesto ao Moyle uma clara violação do direito das pessoas à sua própria confissão religiosa e, daí, parece igualmente uma tentativa tirânica e ditatorial raiada de laivos de totalitarismo, embora admitamos que bastante subtil, de impor símbolos e, com isso, esmagar as outras crenças com a supremacia crística do X. A coisa vai tão fundo que mesmo quem nunca votou sabe que, se o fizesse, o faria com uma cruz. Por aqui se vê quão longe vai o condicionamento mental nesta democracia.
O Moyle não acredita em teorias da conspiração por uma e apenas uma razão: não são teorias. A conspiração católica é real e vai bem fundo na sociedade portuguesa como podemos confirmar, até porque se atentarmos bem, o X é a cruz de St.o André, isto é, mesmo que se seja cristão é obrigatório acreditar em santos, ou seja, cristão não chega, é necessário ser-se católico.
Se o Moyle quisesse exercer o seu direito e dever cívico e desenhar no respectivo quadradinho um "Crescente", ou uma "Estrela de David" ou "Menorá", ou uma Serpente, ou um Pentagrama Invertido, ou um "Ankh", ou uma Águia com SLB em epígrafe, será que não poderia?
Por tudo isto está o Moyle em condições de afirmar que cada chamada às urnas é apenas mais uma forma de condicionamento psicossocial nesta teodemocracia de fantoches.
Atentai todos e tende cuidado.
Todos os que já foram votar repetiram um gesto mecânico de assinalar uma cruz aspada (vulgo um X) num quadradinho. Parece este simples gesto ao Moyle uma clara violação do direito das pessoas à sua própria confissão religiosa e, daí, parece igualmente uma tentativa tirânica e ditatorial raiada de laivos de totalitarismo, embora admitamos que bastante subtil, de impor símbolos e, com isso, esmagar as outras crenças com a supremacia crística do X. A coisa vai tão fundo que mesmo quem nunca votou sabe que, se o fizesse, o faria com uma cruz. Por aqui se vê quão longe vai o condicionamento mental nesta democracia.
O Moyle não acredita em teorias da conspiração por uma e apenas uma razão: não são teorias. A conspiração católica é real e vai bem fundo na sociedade portuguesa como podemos confirmar, até porque se atentarmos bem, o X é a cruz de St.o André, isto é, mesmo que se seja cristão é obrigatório acreditar em santos, ou seja, cristão não chega, é necessário ser-se católico.
Se o Moyle quisesse exercer o seu direito e dever cívico e desenhar no respectivo quadradinho um "Crescente", ou uma "Estrela de David" ou "Menorá", ou uma Serpente, ou um Pentagrama Invertido, ou um "Ankh", ou uma Águia com SLB em epígrafe, será que não poderia?
Por tudo isto está o Moyle em condições de afirmar que cada chamada às urnas é apenas mais uma forma de condicionamento psicossocial nesta teodemocracia de fantoches.
Atentai todos e tende cuidado.
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